sábado, 16 de outubro de 2010

Pronunciamento de Sua Alteza Imperial e Real, o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança

São Paulo, 12 de outubro de 2010


FESTA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA, PADROEIRA DO BRASIL 

Caro Monarquista,

Nesta hora em que, no Brasil, estão em jogo os valores fundamentais de nossa civilização cristã, julgo ser da maior importância a ampla divulgação das corajosas palavras de alerta do Arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Di Cillo Pagotto Peço portanto aos nossos caros amigos que não apenas tomem conhecimento desse pronunciamento, mas procurem também difundi-lo junto a todas as pessoas de suas relações.

Estamos assistindo nesse momento histórico algo sem precedentes: o povo brasileiro - independentemente dos partidos políticos, poderíamos até dizer, apesar dos partidos políticos - despertando frente à mais grave ameaça que paira sobre o nosso futuro, mobiliza-se através da internet e outros meios a seu alcance na defesa de valores morais e religiosos que são a garantia irrenunciável da autêntica liberdade dos filhos de Deus em nossa Pátria.

A Divina Providência nos recompensará com superabundância por tudo que fizermos nesta decisiva hora pelo nosso grande, querido e tão sofrido Brasil.

Rogando a Nossa Senhora Aparecida, cuja coroa de ouro cravejada de brilhantes que lhe orna a fronte foi doada pela Princesa Isabel, que os abençoe a todos, com grande apreço subscreve-se


Dom Bertrand de Orleans e Bragança,
Príncipe Imperial do Brasil.

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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Debate dos Presidenciáveis, comentado por Rogério Saraiva Jr.

             Como pudemos apreciar na última terça-feira o debate dos candidatos ao Palácio dos Bandeirantes, hoje, dia 30 de setembro, iremos apreciar, novamente em horário nobilíssimo pela Rede Globo de Televisão,  o último debate dos presidenciáveis para as eleições do ano de 2010. Irão debater os candidatos José Serra, do PSDB, Dilma Rousseff, do PT, Marina Silva, do PV e Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL.
            Mas vale lembrar que hoje é o último dia da campanha eleitoral obrigatória para o primeiro turno nas rádios e na televisão. O divertimento político favorito dos brasileiros termina agora, para retomar somente se houver segundo turno, porém, se voltar, o verdadeiro brilho dele estará perdido,  já que os candidatos a deputados federais e estaduais, os mais engraçados, já estarão eleitos.
            A mediação do debate caberá ao jornalista e editor-chefe do Jornal Nacional, Willian Bonner, que terá a árdua tarefa de manter a harmonia entre os participantes que  com certeza irão tudo fazer para chamar a atenção para si mesmo.  Como o debate anterior, o dos governadores, o nível do debate descerá meia caixa d’água, dose por dose. Mas, apesar disso, certamente teremos uma oportunidade una e iluminadora de decidir, na reta final, o voto para o mais importante cargo político vigente.
            Aproveito a oportunidade para demonstrar a minha indignação quanto a exclusão dos candidatos de menores índices para este debate, os senhores José Maria Eymael, do PSDC, Levy Fidelix, do PRTB, Ivan Pinheiro, do PCB, Zé Maria, do PSTU e Rui Pimenta, do PCO. Mesmo apresentando poucos votos, eles  devem sim participar dos debates, encaro isso como descriminação,  torna-se assim eleição em referendo.
            Agora, vamos aos comentários do debate, que seguirá os mesmos moldes do artigo sobre o debate dos governadores.  Como de costume o debate se inicia com a explanação básica sobre as regras, novamente criadas pelo matemático Oswald de Souza. Na platéia, Geraldo Alckmim aplaude a todos os participantes.
            Marina Silva abre o debate fazendo uma pergunta sobre Legislação trabalhista à Dilma, a fez com maestria e certeza. Dilma, em sua resposta, faz ovação ao governo de Lula, dizendo que antes deste os brasileiros tinham que fazer bicos para viver, oscilando muito entre os tópicos e mudando um pouco do assunto emprego para a segurança e redução do IPI. A réplica contou com críticas a resposta, segundo Marina, Dilma não respondeu muito bem. A réplica teve a loques já costumeira de Marina. A tréplica de Dilma, relembra 2005 e aborda os estados Unidos e a Europa, pula-se para mantimento de direitos e vai-se ao crescimento econômico.
            Agora, Dilma pergunta a Plínio de Arruda sobre funcionalismo público, enrolando um pouco. Plínio apóia-se no governo de Lula e Dilma para explorar o que a sua proposta de funcionalismo não é. Demonstra-se contra as privatizações, segundo ele esta diminui o servidor. Plínio pigarreia um pouco e indaga a Dilma sobre privatizações e sobre tercearizações. A réplica inicia-se falando que no “Governo do Presidente Lula” não houve o que Plínio abordou, Dilma gagueja mas consegue passar a mensagem bem, sem titubeação. A tréplica conta com a “denuncia” que a Petrobrás não é pública, cita-se Eike Batista, mas volta-se, finalmente, ao foco da questão, porém tudo bem explanado.
            Com o tema impostos e com a anedota “ih ele gosta disso...”, Plínio pergunta a “Zé” Serra, porém não termina a pergunta, perdeu algum tempo entre os papéis e piadas. Sem pergunta formulada, Serra se apóia na pequena afirmação de Plínio, porém cita-se muito os tempos em que Serra era ministro e, como já previa, a resposta só reafirma proposta de campanha, dando-se vários exemplos de impostos que foram abaixados. Na réplica, Plínio, fala diretamente com o telespectador e pega brechas do texto de Serra, e até mesmo aponta bons pontos da resposta e indaga o compromisso de Serra. Na tréplica o candidato coloca-se contra a proposta de Plínio, porém o assunto não foi bem dominado, cita-se Dilma e o Governo Federal.
            Serra agora pergunta sobre previdência a Marina Silva, em indagação  do jeito que ele gosta, “Genérica”. Marina cita problemas de previdência, e postula que tais devem ser resolvidos enquanto a população ainda é jovem. Cita que em tempos de eleição os políticos resolvem tudo, porém se propõem a solucionar tais enquanto seu mandato. A réplica cita a Assembléia Constituinte e defende mudanças a curto prazo e aumentos  de aposentadorias e de salários mínimos, citam-se vacinas e outros feitos. Marina inicia a tréplica abordando problemas dos aposentados e diz que a juventude tem sido esquecida.
            Encerra-se o primeiro bloco. Percebo certa insegurança naqueles que eu achava serem os mais preparados para tal, a candidata Petista e o candidato Tucano. Porém Plínio parece um pouco desorganizado com os papeis, porém aparenta estar relaxado quanto  a situação. Marina aparenta estar suando no tablado, mesmo com o aparente ar condicionado, será nervosismo? Afinal, por que em um ambiente com ar refrigerado tira-se o casaco? De resto ela vai bem, o suficiente para, até, atacar diretamente a candidata Dilma, que até agora só falou de feitos que não vieram somente dela, mas de outros ministérios e do Governo Federal.
            Dilma abre o segundo bloco perguntando a Marina, revanchismo, sobre ferrovias. A resposta conta com um latu sensu maravilhoso, explanado muitíssimo bem, a pergunta não foi digna de uma resposta tão bem formulada. Abordou bem seu plano de governo e atacou levemente o governo FHC. A réplica retruca Marina, abordando a Ferrovia Norte-sul e já cita “o MEU Governo” abordando exportações e hidrovias. A Tréplica re-intera as conjecturas.
            Senti uma falta de domínio do assunto por Dilma e um leve desvio pela candidata do PV.
            Marina escolhe o “Governador Serra” para perguntar sobre desastres naturais. Serra responde muito bem a pergunta, aborda seu projeto da Defesa Civil Nacional e apontou soluções sobre queimadas. Abordou investimentos de quando era governador e criticou a esfera federal, chamando-a de lenta com razão. A réplica conta com o Morro do Bumba e dos Prazeres e com a proposta de um Sistema Nacional de Alerta e cita com sapiência o governo federal estourando o tempo.  Serra critica o investimento federal no assunto, abordando em sua tréplica também seus feitos nas ex-favelas.
            Serra pergunta agora a Plínio sobre metrô, explorando muitos exemplos. Plínio concorda com Serra e da ênfase aos prejuízos que tem os transportes ferroviário e hidroviário no governo de Serra. Serra fugiu da pergunta feita no0 fim da resposta, tornando a discursar contra o governo federal e  cita seus planos para o metrô. Plínio pergunta com que dinheiro Serra irá fazer essas obras, cita a dívida e, com toda sua loques, fala que se não houver mudanças na dívida a s propostas são sem pé nem cabeça.
            Plínio pergunta a Dilma sobre o seu partido, mais espeicificamente sobre por que não fala sobre o seu partido. Dilma aproveita a deixa para gerar ovações ao PT, destacando vários pontos petistas e do antigo governo. Cita ascensão social e outros tópicos voadores. Em resposta a Dilma, Plínio pede votos e cita vários pontos em que  o seu partido é mais transparente que os demais.  A tréplica conta com retruco  moderada e gaga sobre as doações, que gera risos, quando se diz que todas as doações são oficiais.
            Termina o segundo, demonstrando queda de nível por todos os candidatos, principalmente Dilma, Serra e Plínio. Marina parece temer ataques mais sujos, certa está ela. Todos tentam escapar de certos assuntos. Serra e Dilma, finalmente, esboçam algo em comum, ambos usam trunfos de suas experiências para se manter no debate.
            Inicia-se o terceiro bloco, tendo a pergunta inicial com o tema habitação. Serra pergunta a Marina, apoiando-se com certa veracidade no governo federal. Marina responde com calma e um pouco de gagueira, apoiando-se no feminismo. A réplica teve abordagem na regularização e citou-se como “Governador das 60 mil casas”.Aborda investimentos e cita também a Vila Dignidade. Marina, em sua tréplica, sita mágica, tal que não houve durante os governos de Serra, segundo ela uma vergonha.
            Agora Marina pergunta sobre segurança a “Ministra”  Dilma, que responde evasivamente de começo e passa a falar de parcerias com governos e prefeituras, gaguejando um pouco, para camuflar pensamentos. Dilma dá uma pequena escorregada no português, entre uma gaguejada e outro. Marina, na réplica, pergunto por que o que a candidata petista falou ainda não foi feito. A candidata ainda cita dados  com eloqüência e lucidez. “Vamos falar de coisas concretas”, inicia a tréplica e ainda diz que tais serão feitos se certo candidato for eleito governador.
            Com pergunta direcionada a Plínio, Dilma pergunta sobre saneamento. Plínio fala que para se resolver os problemas de saneamento deve-se reverter o dinheiro da dívida para o saneamento. Diz ainda que tais propostas são meras boas intenções. Colando, Dilma replica usando dados de seu e do governo anterior. Cita “grandes” projetos e começa a chover promessas, interrompidas pelo cronometro. “Não vai ter dinheiro”, diz Plínio na Tréplica. Diz ainda que tal política é igual a de FHC, e ainda cita a “Bolsa Credor”.
            Dando risadinhas, Plínio, pergunta a Serra sobre saúde, que responde usando argumentos feitos em 2000, e afirma que nos últimos oito anos a saúde foi à marcha reversa, e ainda citou participações do Governo Federal e do PSOL. Dessa vez com extrema loques. Plínio fala sobre o PIB e sobre falta de comprometimento, e propõem brigar com os bancos e com os poderosos. Serra parece meio perdido, misturando um pouco os assuntos e passa a falar de aumentos feitos pelo governo Lula, e disse que investimentos citados são falsos.
            Termina o bloco, certo atrito paira sobre os palanques. Marina contra Dilma, Serra contra Plínio e Dilma. Para o deleite dos brasileiros, o debate até mantém um bom nível, porém não sei dizer se o ringue foi montado ou o circo armado.
            Plínio abre o bloco perguntando a Dilma sobre jornada de trabalho e outros tópicos, mandados diretamente. Dilma se perde totalmente quanto a perguntas sobre moradias, gagueja e não domina o assunto e começa a falar sobre o Minha Casa, Minha Vida. Fala sobre os direitos das mulheres terem titularidade do imóvel. Os dois outros tópicos são generalizados e muda-se de assunto totalmente. A réplica conta com explicações  sobre o programa do aluguel compulsório e, Plínio, afirma que isso somente fomenta a especulação imobiliária. Dilma retruca as afirmações de Plínio e fala da importância de um lar própria, desmentindo o fomento.
            Dilma pergunta com certa loques a Marina Silva, com tema tão mal explanado que não pude defini-lo. Marina, responde muito bem, usando o programa de governo e as bandeiras do seu partido. Cita o Plano Real e seu criador. Critica a poupança interna e a educação, e explora suas conjecturas muitíssimo bem. Replicando, Dilma diz que não se deve ter teorias e sim ações, cita ainda o governo Lula como “nós” e mantém o já conhecido jargão referente a crise “último a entrar e primeiro a sair”. Marina, em sua tréplica, afirma que  Serra e Dilma seriam apenas gerentes, não presidentes.
            Fazendo à Serra, Marina pergunta sobre os pronunciamentos contra o bolsa-família. Em resposta Serra explora o Bolsa-alimentação, Bolsa-escola e afirma que o Bolsa-família foi apenas a junção deste e promete desenvolvê-lo. Cita Geraldo Alckmim e outros políticos que fizeram programas semelhantes ao Bolsa-Família. Marina, na réplica,pede calma a Serra e afirma ser políticas sociais importantes, assunto a ser repetido em todos os debates e critica diretamente Serra. Com a tréplica, Serra compara Dilma a Marina e fala que a concorrente estava no governo do Mesnalão e cita novamente o Bolsa-alimentação, estourando o tempo.
            Tendo o foco o governo e seus reajustes, Serra pergunta a Plínio, que acusa estar os governos  servindo ao capital, cita várias falhas da saúde, dando exemplos maravilhosos e fidedignos as bandeiras do partido. Cita ainda o “sistema” e se martiriza um pouco, mas explorando claramente a verdade. A resposta foi aplaudida. Serra usa de repartição de cargos, falhas e promessas para estruturar a réplica. Abordando os genéricos estoura o tempo. Plínio, na tréplica, faz uma cisão entre propostas radicais e razoáveis, e que os candidatos oscilam entre esses dois.
            O debate propriamente dito acabou, agora nos vem as considerações finais e eleitoreiras.
            Foi um debate que eu me orgulho de ter visto, para ver como o eleitor é tendencioso, que influi-se facilmente com as pesquisas. Agora, o melhor do debate, com toda a certeza foi o Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL.
            Hoje respondi a uma pesquisa eleitoral, e nela deixei meu ímpeto monarquista me guiar, considerando que não estava a favor de nenhum dos candidatos; mas neste debate minhas conjecturas modificaram-se. Se eu votasse, eu votaria com orgulho no único candidato que usou não só obras, falhas,méritos e deméritos, mas que utilizou do pensamento crítico, da verdade e de excelentíssimas propostas. Pela primeira vez pensei em votar em um socialista para um cargo tão importante.