
Com certeza o leitor já visitou um estabelecimento como o Mc Donalds ou como o Burger King. E com certeza você sabe que eles pertencem a uma cadeia de "Fast Food".
Mas o "fast food" não é a única filosofia de comida, em contrapartida a ele existe a "slow food".
A Slow Food é um movimento que visa a despadronização do paladar, ou seja, querem acabar com o conceito de que comida rápida é melhor.
O movimento tem como sinete um Caracol (figura ao lado) que é extremamente apropriado ao movimento.
O Slow Food não apenas promove a diversidade e a boa feitura dos pratos, mas também à apreciação de vinhos.
Mas para ser Slow food não precisa somente demorar um bocado e ser tudo bem feito, o restaurante tem que ter características próprias e manter os gosto de uma região. O restaurante tem que consultar o freguês antes do preparo para atenar como ele gosta da carne, se o arroz deve ser feito com manteiga, se vinho tem que estar na temperatura ideal ou a gosto do pagante.
Mas parando para pensar, será que há algo a mais que motive a isso? Será que uma culinária mais local impediria a continuação, ou ao menos impediria o atual processo de "Romanização Norte Americana"? Afinal estamos abarrotados de Mc Donalds e Burger Kings ou restaurantes que tentam imitar suas feiçoes como o Habbibs ou o Girafas. Estamos alimentando os Estados Unidos comprando seus produtos, ouvindo suas músicas, sem perceber eles nos impõem a sua cultura.
Visto isso críticos ( em grande maioria Norte Americanos) classificam como elitista o slow food. Argumentam que sem os restaurantes de larga escala e de barata refeição, o custo de uma alimentação em um restaurante aumentaria. Porém essa análise é de uma ótica totalmente equivocada, pois, se há uma cultura alimentar local, ela se tornaria mais barata e rentável que o Fast Food, pois não necessitaria de uma importação dos produtos, nem da utilização de produtos químicos neles e nem seria agregado no valor o nome de uma marca internacional.
Isso faria também as engrenagens das economias locais serem giradas de melhor forma.
Mas voltando a falar no grupo em sí. O Slow food tem 3 preceitos principais: Defesa da Biodiversidade - cuidar dos alimentos naturais que estão a desaparecer- , Educação do Sabor- agregar valores no paladar para reaprendermos a comer coisas mais saborosas- e Ligação entre Produtores e Co-produtores - fazer a economia gastronômica geral rodar.
Seja por nos alimentarmos com mais sabor ou por impedir a fixação da cultura americana em âmbito mundial, o movimento merece crédito. Para quem quiser mergulhar um pouco mais no assunto, relaciono abaixo alguns links sobre o Slow Food:
http://www.slowfood.com/ (em inglês)
http://www.slowfoodusa.org/ (em inglês)
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